
José António Saraiva nasceu em Belém e recorda com saudade uma ancestral ligação familiar à linha de Cascais. O Avô materno, que era médico, foi futebolista do Benfica e, mais tarde fundador do Belenenses, mas terá sido o avó a deixar a marca mais perene do clube azul: "Diz-se entre a família que foi a minha avó que escolheu a cor e o emblema do Belenenses. Os fundadores, entre os quais Américo Tomaz e ribeiro dos Reis, estavam a discutir a core a minha avó disse que o azul era óbvio, pela proximidade com o mar, e que o emblema tinha de ser a cruz de Cristo,uma vez que de Belém partiram as caravelas".
Quando casou nem ponderou viver noutro sitio. Em jovem, fazia sessões de estudo no Pavilhão Ribamar, em Algês. "Às vezes jogávamos mais matraquilhos do que estudávamos", diz, lembrando-se de frequentar o local com Jesualdo Ferreira.
Desenhou casas para Miraflores, onde mais tarde comprou mesmo um imóvel, nos blocos das torresdo Parque América. Radicou-se ali desde então, tendo posteriormente comprado segunda casa no dafundo, em 2006, mesmo por baixo do actual apartamento de Pablo Aimar, centro campista argentino do Benfica: "Quando a vi fiquei encantado e não resisti a comprá-la, mas a minha mulher está muito habituada a viver em Miraflores e ofereceu resistência. Isto é uma espécie de hotel para onde me mudo ao fim de semana".
José António vê como vantagens da freguesia as "facilidades de acesso ao centro de Lisboa" e "a presença do mar e do rio" - "uma atracção importante que dá desafogo a este lado da cidade".
Recorde-se que o ex-director do Expresso se deslocava todas as sextas-feiras à noite, durante os 23 anos que esteve à frente do jornal, à Gráfica do Dafundo, onde o mesmo era impresso, "porque fazia questão de estar presente quando o jornal saia da máquina".
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