
Kenyon destacou formação
Peter Kenyon Apologista de equilibrada distribuição de receitas
Peter Kenyon, ex-director-geral do Manchester United e Chelsea, marcou presença em Cascais com algum sacrifício pessoal (morte da mãe) e deixou pistas para o nosso futebol.
Para o actual consultor de fundos de investimentos, de 57 anos, o modelo da liga inglesa deve ser inspirador e, nessa medida, "é fundamental centralizar as negociações dos direitos comerciais, designadamente os televisivos, de modo a distribuir as receitas de forma mais equilibrada".
Kenyon sublinha que "equilibrio não é equidade", isto é, "haverá sempre uns que recebem mais do que outros, de acordo com determinados critérios", mas viabiliza um "modelo de negócio sustentado e competitivo".
Kenyon sabe que "o mercado português é pequeno", mas o nosso futebol tem grandes valências. "Dispõe de infraestruturas modernas e estrelas como Mourinho e Cristiano Ronaldo, que servem de cartão de visita para o vosso futebol", registou o empresário inglês. Por outro lado, os clubes nacionais "têm investido em academias que colocam Portugal acima da sua real dimensão", pelo que "a formação deve ser um dos vectores essenciais num plano de desenvolvimento do futebol português". A comprovada facilidade em descobrir talentos na América do Sul foi outro dos fatores positivos indicado por Kenyon.
Consultor de um fundo de investimento, Kenyon defendeu a sua dama. "O fundo não dá controlo dos clubes,nem sequer é essa a pretensão dos investidores. São apenas mais uma fonte alternativa de receitas numa altura em que elas não abundam". Kenyon lembrou que Abramovich "salvou o Chelsea da bancarrota" e tornou-o poderoso porque "não se limitou a pagar as dívidas".
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