
Foto: Blogue "Belenenses Ilustrado"
Ao serviço do Futebol Clube «Os Belenenses» sagrou-se Campeão Nacional, no único título conquistado pela equipa azul e branca.
Artur Quaresma, em entrevista que deu ao jornal Rostos, no ano 2002, recordava o seu tempo de criança, quando morava no coração do Barreiro, na Rua Heliodoro Salgado, onde jogava à bola pelas ruas da vila.
Frequentou o Ensino Primário no Instituto dos Ferroviários. O seu primeiro clube foi o «Nacional do Barreiro», um clube popular, depois integrou o Sport Lisboa e Barreiro, que era a filial nº 1 do Sport Lisboa e Benfica.
Aos 16 anos foi convidado para jogar no Futebol Clube Barreirense, estava na 1ª Divisão Nacional – “Fui directamente para jogar na primeira categoria para substituir o João Pireza” – sublinhou ao Rostos.
“Era um clube forte” referiu, acrescentando – “éramos internacionais quase todos quando fomos jogar para os clubes de Lisboa”.
Na conversa com o Rostos sublinhou que só jogou dois jogos no Barreirense – "fui logo apanhado pelo Belenenses”. Recorde-se que a sua transferência na época rendeu ao Barreirense 5 contos.
Artur Quaresma era um jogador considerado de elevado nível técnico – “eu era interior, direito ou esquerdo, era um jogador do meio campo, fazia jogo para os outros, mas também era um goleador”.
Com 19 anos foi internacional, disputando em 1936 o encontro entre Portugal e a Espanha, com a vitória de Portugal por 1-0.
Ao jornal «Rostos» recordou que, nesse jogo, quando tocou o Hino Nacional, os jogadores do Barreiro, estenderam o braço mas ficando de punho cerrado, enquanto ele ficou de braços descaídos ao longo do corpo. Este episódio gerou uma confusão, sendo os jogadores do Barreiro chamados à PIDE, tendo dois ficado presos.“Eu saí porque disse que não levantei o braço por esquecimento” – recordou.
Artur Quaresma ao serviço do Futebol Clube «Os Belenenses» foi Campeão Nacional e conquistou a Taça de Portugal.
O corpo vai ser velado a partir de hoje na Igreja de Santo António da Charneca, realizando-se o funeral, amanhã, domingo, dia 4 de Dezembro, pelas 11 horas, para o cemitério da Vila Chã.
O jornal Rostos expressa sentido pesar as seus familiares e amigos, nesta hora de luto e tristeza.
18:56
0 Comentário/s:
Enviar um comentário