
Ataque. Miguel Rosa tenta fugir da vigilância do matosinhense Marcelo
Ninguém correu riscos suficientes para alterar a monotonia
O Leixões acusou a pressão das vitórias do Estoril e do Moreirense na luta pelo topo da classificação e não teve discernimento para dar a volta ao texto a um Belenenses acomodado a um sistema coeso e nitidamente a jogar na expectativa de tirar partido de um erro contrário.
Esquemas sem surpresas, não fosse a aposta de José Mota no central Léo Kanu para desempenhar, durante os 90 minutos, a função de avançado-centro em detrimento de Camará, Maranhão ou até mesmo Viegas. No final, o técnco foi elucidativo ao justificar a sua opção quando argumentou que "quem não tem cão caça com gato, e o Belenenses é obrigado a caçar com um rato".
Apesar da falta de rasgo em tirar proveito do jogo aéreo, Kanu contribuiu para a consistência azul que o Leixões nunca soube superar.
A equipa de Litos assumiu o estatuto que lhe competia no controlo do jogo após um período inicial de estudo mútuo, mas o risco necessário para criar perigo foi sempre insuficiente. Nem sequer deu para assustar os homens do Restelo, quanto mais para alterar a estratégia de segurança que os visitantes patentearam.
Um desenrolar previsível, que atirou o jogo para uma imensa monotonia que nem o período de intervalo conseguiu diluir. Só o desgaste acumulado foi capaz de abrir um par de janelas de perigo, ambas favoráveis ao Belenenses. Na primeira (63), em posição privilegiada na área, Fernando Ferreira não foi capaz de iludir o guardião Waldson. Na segunda, instantes depois, não houve discernimento no coletivo belenense para tirar partido de um contra-ataque que colocou seis homens frente a apenas dois no meio-campo do Leixões.
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