sábado, 11 de fevereiro de 2012

António Soares: «Ele nunca mostrou muita abertura»

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Amarrado. Dirigente lembra que o dinheiro não abunda

Soares diz que Murça queria receber a pronto
António Soares, presidente do Belenenses, reconheceu ontem que o clube tem uma dívida com Joaquim Murça, mas fez questão de revelar que o antigo técnico de guarda-redes nunca se mostrou muito recetivo para chegar a uma plataforma de entendimento com o clube.

Confrontado com as declarações do ex-treinador de guarda-redes azul a Record, o dirigente de 50 anos deu a sua versão. "É verdade que lhe devemos dinheiro, como outros. É um dos muitos problemas do passado que teremos de resolver, mas ao contrário do que aconteceu com outros credores nos últimos 18/19 meses, o Murça nunca mostrou muita abertura para chegar a um acordo", revelou.

Sem dinheiro. Uma das razões pelas quais o problema nunca foi resolvido prende-se com o facto de as finanças azuis estarem extremamente debilitadas. António Soares faz questão de o admitir, mas revela que o ex-técnico queria receber a totalidade da dívida a pronto.

"No Belenenses não abunda, como se sabe, o dinheiro. As dificuldades são muitas todos os dias e o Murça sempre quiz receber a dívida na sua totalidade e a pronto", afirmou, lembrando ainda a propósito uma reunião que esteve marcada para o início de janeiro. "Ele não apareceu, nem sequer atendeu o telefone e, quando conseguimos que fosse contactado, informou que não iria estar presente e queria receber a totalidade da verba a que tinha direito", conclui o líder dos azuis.

Presidente diz que caso foi prioritário
O presidente do Belenenses fez questão de sublinhar que a situação de Joaquim Murça mereceu atenção especial por parte do clube. "Quando começámos a pensar nos impedimentos, considerámos que o caso do treinador era prioritário. Quisemos resolver o assunto em primeiro lugar por se tratar de um homem da casa", afirmou.

Direção revela votar contra
Maioria da SAD a terceiros
António Soares revelou ontem ao Conselho Geral que o seu elenco vai votar contra a remoção das restrições à participação maioritária de terceiros no capital social da SAD, proposta que vai a AG no próximo dia 20 de março.

Uma posição que causou alguma surpresa a vários dos notáveis presentes, os quais manifestaram sérias dúvidas de que algum investidor queira avançar sem garantir a maioria do capital.
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