quarta-feira, 21 de março de 2012

Assembleia Geral vista por mim

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Esta AG à semelhança da AG do passado dia 08/13/2012 (quinta-feira) esta também começou mais tarde, cerca de 1 hora depois da hora marcada e decorreu no Pavilhão Acácio Rosa com a presença de poucos associados.

Estava o seguinte ponto a debater:
  1. Deliberar sobre a remoção das restrições à participação maioritária de terceiros no capital social da participada "Os Belenenses", Sociedade Desportiva de Futebol, fazendo o Clube de Futebol "Os Belenenses" aprovar, na respectiva Assembleia Geral dessa sociedade, todas as alterações estatuárias necessárias para o efeito.
Após uma breve introdução do Presidente da Assembleia Geral sobre o tema que estava em cima da mesa, deu-se a voz aos associados, que de uma maneira geral apontaram criticas e expuseram dúvidas quanto à abertura do capital social da SAD a terceiros, entre outros que entendem que a solução passa mesmo por aí.

Falou-se inclusive do Orçamento que será debatido numa próxima AG e que levantou algumas críticas de uma consócia e que evocou que a Direção estava mesmo em falta com os sócios por não ter cumprido com os prazos e que em consequência disso podia ser destituída do cargo, mas que só não chegou a vias de facto essa possível perda de mandato porque os sócios têm colaborado com a política então verificada. A mesma consócia enveredou pelo discurso da critica também quanto aos apoios na modalidades, que se verificam zeros. Alertou por conseguinte que a utilidade pública do clube está em jogo com a continuação da falta de incentivos para outras modalidades além do futebol. Desejou que as práticas de actividade física constituí-se uma área que o clube desse atenção, pois caso contrário o clube estaria a distanciar-se com a imagem que construiu junto da sociedade portuguesa ao longo da sua história.

Deu-se a palavra a outro consócio que afrontou a direção com o suposto pagamento aos jogadores em dinheiro vivo em envelopes e interrogou o caso. 

Outro consócio fez questão de declarar-se perante a AG que estava solidário com os funcionários que vivem uma situação delicada no clube (salários em atraso). Outro lamentou os resultados desportivos do futebol não serem animadores, evocou até os juniores que estão bastante abaixo daquilo que nos habituaram (lutam pela permanência).

Entretanto mais assuntos foram abordados mas não reti tudo.

De seguida deu-se a palavra a António Soares disse que não houve nenhuma hipoteca legal contra o CFB, respondendo a um consócio que deixou no ar a pergunta. Sobre uma pergunta de como estava o acordo com o Desporto na Hora, disse que houve realmente um acordo em que a rádio difundia o relato dos jogos em casa e fora, mas que esse mesmo acordo seria quebrado porque a Direção não está contente com o trabalho desempenhado por essa rádio. Sobre um suposto patrocínio que estaria já contratualizado para o clube que um consócio desconfiava ou tinha ouvido falar, António Soares desmentiu haver qualquer sponsor para já. António Soares ainda respondeu a um consócio, defendendo-se de uma frase em que um consócio explicava a alto em bom tom que queria que o Presidente fala-se de uma forma veráz sobre o caso dos envelopes. António Soares em resposta referiu de uma forma bastante vincada, que sempre que intervia nas AG's seria veráz nas suas palavras, não encobrindo nada. Respondeu de seguida à pergunta do consócio que os pagamentos só poderiam-se fazer de três maneiras, em cheque, em transferência ou em dinheiro e foi a última forma que aconteceu o pagamento. Quanto a uma pergunta de outro consócio, sobre o valor da transferência de Abel Camará para Aveiro, o Presidente disse que num próximo relatório de contas seria divulgado.

Em relação a um tema que um consócio abordou sobre os vencimentos, acordos e dívidas para com os funcionários, reti apenas que o CFB tem 17 funcionários, mas 7 estão com contrato suspenso e um número que não sei exacto estão de baixa. Reconheceu que existem atrasos nos pagamentos dos ordenados aos mesmos, existem alguns acordos e cada caso é diferente do outro.

De seguida as atenções da AG focaram-se no ponto que estava no programa. Ficou claro o que a Direção achava da abertura do capital social da SAD, na representação de António Soares aos microfones. Refletiu a plateia ao comentar que todos nós quando constituímos a SAD há 12 anos atrás, nunca esperávamos que a dívida chega-se ao números que estão presentes hoje em dia e que jamais iríamos pensar em perder a maioria  e por consequência desses factos o que está em jogo não é de facto uma situação que nos faça orgulhar.

Disse ainda que o Clube tem muita dificuldade em financiar a SAD. Houve contacto com cerca de duas dezenas de investidores e nos últimos dias têm aparecido mais, mas que são pouco credíveis. Ainda se o investidor assumi-se a dívida dos 6 milhões seria excelente.

O Clube tem cerca de 60% das acções da SAD, nisto junta-se a Belém Invest que juntas dominam a SAD.

Uma vez que os estatutos não permitem a perda de maioria do Clube na SAD é por isso conveniente os sócios permitirem a mudança estatuária na SAD. É de referir que a Clube fará uma nova AG assim que existir algo de concreto com o investidor que queira comprar as acções. António Soares reconhece que os 6 milhões de passivo é um cenário pouco atractivo, mas em todo o caso pode ainda haver a solução de o investidor assumir só uma parte do passivo ou então entrar para partilhar a gestão da SAD.

De seguida deu-se a palavra dos sócios que uma vez conhecendo o projecto digamos assim de uma forma abstrata do que a direção tem para a Abertura do Capital Social da SADCFB, deram a sua contribuição para que a AG segui-se uma linha de pensamento construtivo (na maioria dos casos) às contrapartidas e salvaguardas que a direção teria de ter ao negociar com o investidor.

Falou-se das apostas online, de uma série de outras contra partidas que o CFB podia ter, se explorar bem esses terrenos que poderá pisar num futuro próximo. A montra que é o futebol português mais concretamente com os lucros imensos que poderá fazer com os emigrantes e países de língua portuguesa que são comuns com os nossos interesses. Outro consócio interrogou a Direção, com a pergunta: O que pretendia fazer? Qual era o plano?

Outro sócio alertou que só existem dois clubes em 32 que seguiram este caminho, que era o Estoril e o Beira-Mar, e que concluí-a que era um processo complicado, o caso do Estoril até foi dramático, salvando-se em cima da hora e o caso do Beira-Mar é deveras preocupante, pois o investidor não age muito em conformidade daquilo que se esperava. Falou-se da salva guarda do símbolo, da imagem, etc.

A AG arrastou-se com mais casos de preocupação e de atenciosidade perante o que estamos a viver e o consócio João Barbosa propôs ler-se um texto elaborado por ele em que propunha uma série de consentimentos e condições que a Direção teria de respeitar quando na negociação com o investidor.

Deu-se a palavra novamente a António Soares que falou que as grandes receitas eram os direitos televisivos, as apostas online e a venda de jogadores, inclusíve que tinha tido uma reunião com o Presidente da Federação Portuguesa (Fernado Gomes) em que tomou conhecimento que estava a ser feito um trabalho indo ao encontro de maiores receitas dos clubes profissionais, entre elas senão me engano estava em discussão o assunto das apostas online. Disse ainda que a Direção entendia que era primordial que o investidor viésse a fazer parte da Requalificação do Complexo do Restelo, mas nesta decisão ouve muito descontentamento e medos de uma perda de posse dos terrenos, mas António Soares explicou que as coisas seriam feitas bem, que o Beleneneses nunca iria perder o que lhe é mais rico (o Complexo não passará para a SAD). As Salésias não são nossas ponto final. Devemos a 61 jogadores que vêm de épocas a partir da de 2005.

Por fim foi-se dado a votar a proposta do consócio João Barbosa (que viabilizou o ponto na ordem de trabalhos): com 63 votos a favor, 8 contra e 10 abstenções.

Ainda foi votada uma proposta da consócia Ana Caio que propunha num prazo de 15 a 30 dias ser formada uma comissão de negociação que fariam parte o Presidente mais três Vices-presidentes ou 3 associados. O resultado foi 6 votos a favor, 53 votos contra e 18 abstenções.

De referir uma curiosidade projectada num quadro quase no fim da AG em que mostra os resultados liquídos da SAD ao longo de vários anos e os resultados desportivos desses mesmos anos.

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1 comentário:

  1. Parabéns e obrigado pelo testemunho aqui relatado em relação à AG de 20 de Março 2012.
    Abraço AZUL

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