domingo, 18 de março de 2012

Conferência de Imprensa de Mário Figueiredo

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Presidente da Liga voltou a defender a liguilha.
O presidente da Liga, Mário Figueiredo, deu uma conferência de Imprensa na sede da Liga Portugal, na qual deixou clara a posição da instituição que lidera em relação ao alargamento, já aprovado em Assembleia Geral da Liga, e à defesa da liguilha como medida transitória proposta para subidas e descidas.

«A FPF/Liga estão em fase de negociações de contrato/protocolo. Aliás, a Federação no passado dia 6 de Março enviou para a Liga uma a proposta de revisão. A Federação e a Liga, no exercício dos poderes públicos de que se encontram investidos, têm o dever de estabelecer e negociar matérias que são fundamentais para o futebol, designadamente, o número de clubes que participam nas competições profissionais, o regime de acesso entre as competições profissionais e não profissionais, a organização da actividade das selecções nacionais, contrapartidas da cedência de jogadores para as selecções nacionais, o regime disciplinar aplicável nas diversas competições, o sector da arbitragem, etc. Enfim, são negociações que abarcam vários temas que têm de ser negociados, na sua globalidade», começou por apontar.

Mário Figueiredo destacou ainda: «Pela relevância das matérias, o contrato não pode ser discutido na praça pública. A Liga não aceita que nos comuniquem, através da comunicação social, decisões tomadas unilateralmente. Aliás, esse contrato pode ser aprovado após o final das competições, a 15 Maio».

Sobre a questão da integridade das competições, Mário Figueiredo comentou, apontando um ponto prévio: «O alargamento da I e da II Liga só entra em vigor após celebração do contrato com a Federação, vulgo Protocolo. Por outro lado, o argumento da integridade das competições e da verdade desportiva utilizado pelo senhor Presidente da FPF, não deve ser usado com dois pesos e duas medidas».

E acrescentou, referindo o caso da aprovação das equipas B na Liga Orangina, já em 2012-2013, na Assembleia Geral de 14 de Dezembro: «Vejamos o regulamento das equipas B:

- Entram seis equipas directamente da II Liga, por razões não ligadas ao mérito desportivo.

- Uma equipa B que actualmente milita na II Divisão tem assegurada a não descida à III Divisão Nacional e, mais do que isso, tem assegurada a subida à II Liga.

- No caso de a competição ficar com um número impar de participantes, abrir-se-á uma vaga que será preenchida nos termos do n.º 3 do art. 100º (art. 98º, n.º 4). Isto é pelo ou pelo(s) clube(s) melhores classificado(s) no lugar de descida.

Estas normas do regime das equipas “B” foram apresentadas e subscritas pelo Dr. Fernando Gomes, enquanto Presidente, do tempo, da Liga. E essas normas foram aprovadas em Assembleia Geral que teve lugar quando o Dr. Fernando Gomes, agindo ainda como Presidente da Liga, já tinha sido eleito Presidente da FPF. Apesar desse Regulamento prever e admitir situações de subida administrativa e não descida de divisão, o actual Presidente da FPF não considerou então haver violação dos princípios da integridade e da verdade desportiva, que agora, num exercício de incoerência e contradição consigo mesmo, proclama serem violadas a propósito da questão do alargamento. É pois, flagrante a existência de dois pesos e duas medidas: na cadeira da Liga, o Dr. Fernando Gomes diz e faz uma coisa; na cadeira da Federação, o Dr. Fernando Gomes diz e faz o contrário. O que, se em nada se recomenda como dirigente do futebol investido no exercício de poderes públicos, fielmente o retrata.»
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