sábado, 12 de maio de 2012

Artes marciais chegam ao futebol

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Rui Caldeira: "O taekwondo domina técnicas que permitem ficar com capacidade de absorção de pancadas fortes, sem lesões."

Dois instrutores de Taekwondo propõem-se trabalhar com um plantel e garantem reduzir o número de lesões dos jogadores.
Rui Caldeira e João Soares querem revolucionar o futebol com a entrada de alguns métodos usados nas artes marciais. São ambos cinturão negro e instrutores de taekwondo e é precisamente a esta arte que vão buscar algumas técnicas para reduzir o número de lesões dos jogadores profissionais.

"Queremos introduzir esta arte marcial no desporto mais praticado, não na vertente técnica e tática do futebol mas em termos de disciplina, controlo e autodomínio. O taekwondo tem técnicas já centenárias que permitem, por exemplo, termos a capacidade de absorção de pancadas fortes e não sofrermos lesões", começa por explicar Rui Caldeira, de 39 anos e praticante desta modalidade desde os 10.

O instrutor contínua a revelação: "Vimos muitos jogos e treinos há anos, mas nos últimos dois fizemos mesmo um estudo e nele concluímos que a maior parte das lesões dos jogadores podem dividir-se em dois grandes grupos: o contacto direto com o adversário e a abordagem ao chão, pela forma descontrolada como acontece quase sempre."

Os jogadores, treinados para o contacto com o relvado, podem então a passar a cair mas de forma controlada, é isso? João Soares, de 36 anos, responde: "Exato, repare que os atletas das artes marciais sofrem muitas pancadas e não têm as lesões dos futebolistas. A nossa ideia é criar automatismos nos jogadores, digamos que o nosso trabalho passa por treiná-los para a receção de qualquer tipo de agressividade em plena atividade, pois há maneiras de o fazer mas não as vamos divulgar agora."

Além desta preparação para o choque, os dois instrutores de taekwondo acreditam também que as técnicas desta arte marcial promovem ainda o controlo emocional, tanto individual como coletivo, aumentando assim a coesão de um grupo.

Augusto Inácio gostou. Após a conclusão do estudo os instrutores já apresentaram a ideia. "Falámos com o Augusto Inácio e ele, na altura estava no Leixões, gostou da ideia, queria que o plantel experimentasse as nossas técnicas, mas a direção do clube disse-lhe que não havia orçamento para avançar", recorda João Soares. 

A atual crise financeira no mundo do futebol não os faz desistir. "Se os jogadores tiverem menos lesões durante uma época, os clubes acabam por poupar, pois as despesas médicas diminuem", remata Rui Caldeira.
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2 comentários:

  1. Penso ser um forte aliado ao desporto mais praticado do mundo!

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  2. Espétaculo! Como treinador ia necessitar destes dois!Podem mudar muita coisa no Futebol!

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