quarta-feira, 5 de março de 2014

Basquetebol: Ambicionamos ser diferentes

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O CF “Os Belenenses” iniciou esta época com uma grande remodelação do seu quadro técnico. Hermilo Nunes está a coordenar todo o basquetebol do clube, Nuno Tavares a treinar os seniores e San Payo Araújo voltou ao terreno, como Coordenador do Minibásquete para testar e aplicar os conceitos e orientações defendidos pelo CNMB. Para sabermos mais acerca destas transformações no clube do Restelo, fomos falar com o homem forte da secção e mentor do projeto, o dirigente João Machado.

João, obrigado por ter aceite responder às nossas perguntas. Pode-nos informar como é composta a atual equipa técnica e administrativa do Belenenses?
O projeto do basquetebol do Belenenses é um projeto para crescer com passos seguros. Nesta perspectiva, dois factores, entre outros, são decisivos: bons técnicos e boas condições de trabalho. Nestes dois aspetos creio que melhorámos significativamente. A conjugação destes dois elementos, está a atrair mais praticantes ao clube. No espaço de três a quatro épocas acredito que seremos um clube referência dentro da AB de Lisboa. Ainda é cedo para se fazer um balanço desta época, mas quer em termos de crescimento, quer em termos de resultados penso que estamos globalmente no bom caminho. A composição da nossa equipa técnica de administrativa é a seguinte:

Vice-presidente/Direção: António Estrelado
Diretor: João Machado
Coordenadora Administrativa: Patrícia Fernandes
Coordenador Técnico: Milo Nunes

Seniores: Nuno Tavares (TP), Guilherme Aleixe (TAdj) e Luís Cristóvão (T Estatística)
Sub-18: Milo Nunes (TP), Bernardo Esteves (TAdj)
Sub-16: Mário Delgado (TP) e Inês Marques Silvério (TAdj da equipa “A” e Treinadora da equipa “B”)
Sub-14: Bruno Soares (TP) e Marco Diaz (TAdj)

Minibasquetebol
Coordenador: San Payo Araujo
Treinadores: Paulo Renato, Inês Marques Silvério e Rita Oliveira

Como conseguiu motivar o San Payo Araújo a voltar ao terreno e a assumir o papel de coordenador do minibasquete do FC “Os Belenenses”?
Na vida há momentos em que tudo se conjuga para que as coisas aconteçam, mas acontecem quando se vai à procura delas. Penso que foi o que aconteceu. A existência de um projeto no qual o San Payo acreditou e o facto de maior disponibilidade na sua vida profissional, possibilitaram que o San Payo Araújo assumisse o papel de Coordenador do Minibásquete.

A equipa sénior tem este ano um novo treinador. Quais são os objetivos exigidos ao Nuno Tavares?
Costumo dizer que nós não queremos ser melhores nem piores do que os outros, mas queremos ser diferentes. O objetivo principal exigido ao Nuno Tavares foi: que construa uma equipa jovem e coesa com potencial de crescimento, quer da equipa quer dos jogadores, tendo sempre como prioridade no recrutamento os jogadores da formação do clube. Como consequência desse trabalho, sabemos que não é fácil, mas claro que ambicionamos a subida de divisão. Um jogo de cada vez é o lema.

O Belenenses tem um eterno problema com os espaços de treino. Quais são as condições de trabalho que os treinadores do clube têm à sua disposição durante a época 2013/14?
As condições não são as ideais, mas melhoraram significativamente, nomeadamente através do protocolo firmado com um vizinho de longa data, a Casa Pia. O que continua a ser mais preocupante, mas de difícil resolução é a dificuldade que as nossas equipas de formação têm para treinar na sua casa, o Pavilhão Acácio Rosa.

O Belenenses foi o primeiro campeão feminino em Portugal. Para quando uma nova aposta no desenvolvimento do sector feminino no clube?
O surgimento do sector feminino no clube é um dos nossos objetivos a longo prazo. Este também foi um dos motivos pelo qual pensámos em reforçar o minibásquete com a vinda do San Payo. Contudo, a secção feminina tem de ser um projeto sustentado, que surgirá à medida que o nosso minibásquete se for desenvolvendo. Queremos lá chegar crescendo de baixo para cima com os pés bem assentes na terra. A mais longa caminhada começa sempre com um primeiro passo.

Qual é o segredo para a sobrevivência e crescimento de um projeto como este em tempos de crise financeira?
Neste projeto não há segredos. Há muito trabalho, muito empenho e fator decisivo, o envolvimento das pessoas, jogadores, treinadores, delegados de campo e familiares. No fundo se calhar há um segredo tão simples como este: nunca prometer o que não se tem a certeza que se possa cumprir.

Quais são os objetivos e prioridades do clube a curto e a médio prazo?
Os objetivos são os decorrentes das respostas que fui dando ao longo da entrevista. Não queremos ser melhores, mas ambicionamos ser diferentes.

Na sua opinião o que pode transformar o Belenenses num clube de referência no panorama do basquetebol nacional?
A curto e médio prazo queremos ser um clube de referência na região de Lisboa, e se a formação dos praticantes for cada vez mais integral, completa e melhor, certamente os resultados surgirão e passaremos a ser um clube de referência.

Quanto tempo pode levar para que isso aconteça?
Paralelamente, aos resultados dos seniores, se conseguirmos um grande crescimento e desenvolvimento no minibásquete, os reflexos desses movimentos vão dar os seus frutos nos outros escalões de formação. Este trabalho para ser consistente leva sempre algum tempo, mas desde que estejamos a seguir o caminho seguro e certo, não temos pressa, somos pacientes. Todos juntos somos mais fortes. Planeta Basket (03/03/2014)

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