O complexo do Restelo poderá ser apresentado como garantia ao Fisco, no âmbito do Plano Extrajudicial de Conciliação (PEC), após terem sido consideradas "insuficientes" as garantias anteriormente apresentadas, revelou segunda-feira à agência Lusa o presidente do Belenenses.
Os sócios do clube do Restelo serão ouvidos na terça-feira, em Assembleia-Geral (AG) extraordinária, sobre a possibilidade de ser apresentado o complexo como garantia para a dívida de 300 mil euros ao Fisco.
Em declarações à agência Lusa, António Soares disse que os direitos de superfície do McDonald's e da bomba de gasolina da BP foram considerados "insuficientes" pelo Estado, que solicitou a apresentação de novas garantias.
O presidente do Belenenses revelou que esse "valor não é suficiente para cobrir a dívida" e, tendo em conta que o clube "não tem mais ativos e só resta o estádio", já que o parque de estacionamento junto à Repsol foi dado como garantia para o empréstimo ao Banif, terá de ser encontrada uma solução.
"Vamos explicar aos sócios a situação e queremos ouvir o que têm a dizer. No entanto, os sócios têm de perceber que o Estado tem privilégios e pode avançar como uma hipoteca legal", adiantou, considerando que "não se deve fazer um `bicho de sete cabeças'" com aquela situação.
Essa posição "privilegiada" permite ao Estado avançar com uma hipoteca sem consultar o devedor, caso este não apresente garantias para as dívidas contraídas.
A Assembleia-Geral extraordinária do clube está marcada para 20:30 de terça-feira, no Pavilhão Acácio Rosa.
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