Belenenses sem discernimento para contrariar objetividade do Arouca
O Arouca colocou um ponto final na prolongada crise de resultados e regressou às vitórias três meses depois do último sucesso. Três pontos somados frente a um Belenenses com estrutura definida no desdobramento de jogo e carregado de iniciativa, mas sem ponta de objetividade ofensiva.
Um pontapé na crise, literalmente, é como se pode resumir o desenrolar de uma partida que Joeano tratou de desiquilibrar logo ao minuto 16, graças a um estupendo pontapé de fora da área. Golo que serviu para sustentar a toada de expectativa que o Arouca assumiu deliberadamente, na perspetiva de gerir a vantagem e tirar partido do pendor ofensivo do adversário para explorar os espaços concedidos.
Uma estratégia que se verificou adequada, em virtude da falta de reação do Belenenses. Não só pela falta de dinâmica que Camará, Maranhão e Rodrigo António patentearam no ataque, com movimentações previsíveis para coesão dos centrais Zarabi e Kiko, mas também porque não houve rasgo no miolo para responder ao futebol direto que o Arouca continuou a apresentar.
O descanso não trouxe novidades nos modelos de jogo, mas revelou uma equipa visitante com mais intensidade até Roberto (60) definir o curso da partida com um chapéu de belo efeito. Um golpe demasiado rude para as aspirações de um Belenenses já em estado de desespero. As expulsoões de Igor Pita e Duarte Machado foram demasiado rigorosas e contribuíram para o marasmo que se arrastou durante a ponta final.
"Vitória justa por números que expressam bem a diferença, apesar da intraquilidade na etapa final do jogo" Vítor Oliveira (Arouca)
"A equipa estava alertada, mas não foi madura na abordagem ao jogo. As expulsões são injustificadas." José Mota (Belenenses)
16:14
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